sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O que será que será?


E, de repente, o que era rotina (santa!) desdobra-se numa aventura sem par, e somos lançados no novo do novo de nós. 

Eis-me aí. Dá-se o caso de haver chamados que têm me levado a outras redes, e já não estou dando conta de partilhar aqui a cozinha de todo dia. Que seja. A vida é feita do que queremos e do que não queremos, como se diz… Fica este blog em latência.

Quando volta a haver postagem? Deus saberá. Há momentos em que temos de nos abrir pro improviso, dar-nos ao mar aberto. Muitas vezes temendo, claro, mas penso que esse temor é menor do que a confiança no fato de que a vida é boa quando desdobrada em oportunidades.

Mesmo na vertigem, prefiro que o novo venha e revire o que revirar: haverá coisa mais revigorante do que a vida se refazendo, do que paradigmas ruindo porque não dialogam com o que se anuncia?

Taí, se tem uma coisa que não muda, acho que é esta: a transmutação é o que faz da vida Vida. Assim, maiúscula.

Então, vamos de vertigem pra fechar: uma passagem de Leminski, o grande.

Que faz isso aqui? Isso serve para ser observado. Só para ser visto, só se passa isso. Aqui dá muito disso. Aqui é a zona disso. Agora se alguém desconfiar, ninguém duvide. Isso muda muito.
 
Paulo Leminski, Catatau – um romance-idéia.