terça-feira, 3 de agosto de 2010

arroz com beterraba e ervilhas no vapor


Ontem abri a geladeira já quase na hora do almoço e descobri só duas beterrabinhas na gaveta, mais um saquinho de ervilhas frescas, precisadas de cozimento, já no fio do frescor. 
Fora isso, de especial mesmo só uma mussarela caseira simplesmente divina que trouxe da chácara em que estive tempos atrás.

Tinha um finzinho de alho poró…

E passou lá na rua o moço que vende mandioca de quintal, empurrando seu carrinho de mão, assobiando uma musiquinha que é sempre sempre a mesma...

Acho tão bonito esse tipo de gesto que se repete com simplicidade, a cada dia, num renovar-se que quase passa despercebido. E é só experimentar sua ausência pra perceber que de desimportante não tinha nada! 
Pois bem, comprei uma mandioca, que descasquei e pus pra cozer num panelão semi-tampado com uns dois dedos de água no fundo. Só pra lembrar: a mandioca, como outras raízes, é bom cozer desde a água fria, devagar.

Daí o arroz: uma cebola em metades fritava um tiquinho no óleo de canola enquanto eu cortava em cubos bem miúdos as beterrabas; refoguei os cubinhos um pouco, depois uma xícara e meia de arroz parboilizado, pus três xícaras de água, um bom filete de alho poró... o sal, como se sabe, só mais pro final do cozimento, pra gente não perder nada do precioso iodo.

Em cima do arroz, quando a água já borbulhava, encaixei a cestinha de cozimento a vapor com as ervilhas frescas. A minha, agora, é aquela clássica de bambu. Ganhei dos amigos que foram morar no Canadá. Sempre quis uma dessas. Antes, usava uma de silicone, aberta, mas nesta aqui os legumes parecem tão mais “em casa”.

Em 15 minutos as ervilhas estavam tenras por dentro com a casquinha densa. Salguei o arroz, semi-tampei, e, numa tigela à parte, onde o resto do alho poró estava picado em tiras bem bem bem pequeninas, joguei as ervilhas quentes – assim elas cozem de leve o alho poró, liberando seu aroma.

Quando esfriaram, acrescentei um bom fio de azeite extra-virgem, mexi um pouco, e acrescentei a tal da mussarela ralada. Por isso não precisou de sal. Ficou uma saladinha supimpa.

O arroz cor-de-rosa estava pronto a esta altura, lindo! E a mandioca, em pedaços, compôs o prato colorido dessa refeição insuspeitada. Ficou uma coisa super alegre!

Mas a mandioca (que é parente da famosa mandioca frita, mas quase não leva óleo) eu conto outro dia. Pra já, ofereço um videozinho gostoso demais de ver, sobre armazéns, comidas, pessoas, simplicidade... Uma historinha real daquelas que dão uma esperança boa na gente... Coisas da alegria mesmo. Como costuma ser com a querida amiga mineira que me mandou o link.


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