Está um gelo por aqui (...e tantos abrigos tradicionais da cidade vêm sendo fechados nestes últimos seis anos, ai, meu deus, que horror! Nenhum jornalão pra berrar a notícia, tratar do tema...). Não está frio como mais ao sul, onde tubulações congelaram ontem, dada a queda súbita e vertiginosa da temperatura, mas está bem friozinho: feio, fechado, úmido... e aí tem uma receita daquelas que aquece e é ótima pra beliscar coletivamente, inclusive à noite, se não for muito tarde – ou serve de acompanhamento numa refeição, por exemplo um bom arroz com brócoli.
É importante que se diga que não se trata de fazer aquelas onion rings totalmente redondinhas que figuram nas fotos de lanchonete, pois elas exigem uma quantidade enorme de farinha de trigo e uma fritadeira específica. As nossas ficam mais rústicas mesmo, algumas despedaçadinhas, umas mais queimadinhas que outras, e é assim que é gostoso: feitas em casa, à mão.
Escolha cebolas grandes, se puder variar entre as roxas, que são ligeiramente adocicadas, e as brancas, vai ver como fica gostoso comer misturadas depois.
Corte-as em fatias largas, de pelo menos 1 cm, de modo que fiquem argolas firmes, e passe as argolas de cebola num prato fundo com água, logo em seguida num prato fundo com uma mistura de sal marinho e pimenta do reino (ralada na hora é tão mais saborosa...).
Depois mergulhe as argolas de cebolas temperadas, uma a uma, num prato com ovos (de galinhas felizes!) batidos; daí, num prato com farinha de trigo peneirada e misturada com um tico de sal e pimenta do reino também; e, então, mergulhe-as no óleo da frigideira, que estará já bem quente, mas não borbulhante (não precisa). Esta duplinha é o pulo do gato: a farinha peneirada e o óleo bem quente.
Este último mergulho deve ser breve, pra não encharcar as cebolas. Logo se forma uma casquinha e já se pescam as argolas, uma a uma, que vão descansar uns minutinhos sobre um papel toalha, pra escorrer. O bom é comer depois de esfriarem, porque a gente pega com a mão mesmo e vai beliscando (com uma cervejinha escura, nossa, tudo de bom!).
Faz uma certa baguncinha na bancada, mas é rápido e dá pra limpar tudo com uma esponja e pouco detergente, numa boa. É só abrir espaço sobre a pedra e deixar todos os pratos bem pertinho um do outro, que a bagunça fica fácil de limpar. Fizemos ontem a seis mãos, incluindo um moleque espevitado de sete anos, e foi bem divertido. Além do mais, a cebola e a pimenta do reino dão uma aquecida das boas.
Ah, foi nessa reunião de degustação das cebolas que descobri uma coisa bem interessante, ó:
Eleitor 2010
Trata-se de um projeto apartidário e sem fins lucrativos para construir colaborativamente um observatório coletivo das eleições de 2010, de acordo com a ótica do eleitor, que enviará relatos de fatos que presenciou e testemunhos próprios para uma só plataforma. Esses relatos podem ser enviados diretamente ao site Eleitor 2010, por meio de email, twitter e até telefone celular, e eles serão então publicados, depois de aprovados pela moderação, na plataforma Ushadidi, e ficarão online à disposição de cidadãos, autoridades competentes, mídia e outros organismos que pretendam investigar os relatos mais a fundo.
Vivas às novas mídias, né? E que tenhamos, todos, responsabilidade ao frequentá-las!
Oi, Luciana!
ResponderExcluirObrigada pela divulgação do Eleitor 2010! Agora é ficar de olho em qualquer irregularidade, que pode ser denunciada diretamente na plataforma!
Vou aproveitar para experimentar essa receita!
Abraços
Paula
Amei tudo. Eu adoro esses anéis de cebola e do jeito que vc explicou fica mais fácil fazer.
ResponderExcluir;-D
Muito bacana essa dica final, do Eleitor 2010. e, sobretudo, a dica de que temos que agir com responsabilidade ao frequentar as novas mídias. Outro dia ,encontrei um comentário que fiz em um blog em um momento não muito feliz e há muito e notei que, posteriormente algumas pessoas haviam reagido ao meu comentário de um modo assertivo e eu que nem acompanhara a discussão vi ali espelhado um processo de atrito por mim iniciado, tão desnecessariamente. Não era nada grave, of course. Mas já me serviu de lição. Se quero ser minimamente equilibrado no mundo aqui de fora, tenho de ser dentro da web, enfim, em todo lugar. Deus nos ajude!