Sim, tem chovido muito mais do que costuma chover, estamos num regime de águas excepcional, é verdade, mas há agravantes nas cidades em que o poder público não administra a crise (ou talvez sua forma de administração tenha permitido que as coisas chegassem a esse ponto...): vivo numa cidade em que não há instância a que recorrer, ausência do poder público sobre as questões mais triviais. Um exemplo: há quatro meses pedimos corte do mato da pracinha em frente – e nada... Formulários eletrônicos, telefonemas, reivindicações na subprefeitura – e nada... Esquisito isso numa cidade (e num estado) em que quase toda propaganda administrativa que se faz é sempre falando em saúde...
Bem, o fato é que estamos com as casas cheias de aranhas – daquelas! – pernilongos até não poder mais, baratonas enormes, formigas e formigas e formigas... e há vizinhos que contam episódios de ratos e escorpiões! Fora a umidade que mofa tudo.
Então estes dias têm sido de cuidados com o corpo (muita água de coco e chá de artemísia – um vermífugo suave) e com a casa. Com isso, descubro que muita gente aqui à volta não sabia deste quarteto utilíssimo – citronela, andiroba, nim e cânfora.
A citronela tenho frondosa num vaso – uso folhinhas embebidas no álcool de cereais (fica ali uns três, quatro dias até poder usar), ponho num daqueles potinhos plásticos de spray e mando ver em toda a casa. Também deixo o vaso bem perto da porta, se estiver ventando, corto as pontinha das folhas e faz um efeito bom de espantar pernilongos e congêneres, além do cheirinho gostoso que fica, ligeiro, no ar.
As velas de andiroba (excelentes pra quem tem pouca tolerância à citronela), assim como as de nim (que também não têm cheiro), acendo pela casa, sempre ao rés-do-chão e sempre em recipientes protegidos com porta-velas ou água em volta (pode ser um pirex qualquer ou um bom pires, com um dedo de água) – ajudam também a espantar baratas e um pouco das formigas.
Por fim, e mais fartamente, uso pastilhas de cânfora ou as folhinhas de cânfora embebidas em álcool de cereais, como a citronela. As pastilhas são ótimas, compra-se um pacotinho por 4 ou 5 reais em qualquer boa farmácia ou em drogarias mesmo, e espalham-se as tais pastilhas (parece um drops) pelos cantinhos da casa – umas mais no alto, outras mais embaixo (nunca diretamente sobre móveis de madeira, pois podem manchar). Elas são voláteis e vão se desfazer ao longo de 3 ou 4 semanas, dependendo do clima.
Amanhã volto a cozinhar. Por hoje, ficam aí essas sugestões e os sinceros votos de melhores administrações municipais num futuro bem próximo. Precisamos. Ô, se precisamos.