Acaba de sair um sol lindo aqui! Deus é pai! Porque, além do bolor no corpo, há o bolor nas almas, e tragédias… como as de Niterói, que têm a ver, claro, com uma chuvarada a mais, mas, o que é pior, têm a ver com o modo como administrações sucessivas têm (des)tratado a problemática da moradia.
Por isso me chateiam imenso as críticas barateadoras de iniciativas mais recentes; insuficientes, talvez, mas inéditas, inéditas sobretudo no enfrentamento efetivo dessa problemática. Sempre que ouço comentários tão sucintos quanto irados, me pergunto: será que essa pessoa (muitas vezes um formador de opinião, um jornalista...) sabe do que está falando? Porque não parece. Uma das urgências urgentíssimas que há no mundo todo, bem sabemos, é mudar o modo de ranquear os lotes das cidades conforme lógicas excludentes, especulativas, predatórias - do que resultam, entre outras calamidades, ocupações em locais evidentemente arriscados.
Em todo caso, acho que há cada vez mais gente de boa vontade olhando pra isso a sério, e acredito na força do que virá pela frente, fruto dessa vontade maior. Assim, solidária com os moradores do Rio e de Niterói, e acreditando que quem não está sabendo muito bem como pensar sobre o ocorrido deve tentar ir além dos mass midia típicos, sugiro aqui uma reflexão, que está no blog da arquiteta Raquel Rolnik.
No mais, segue a receita da pasta de grão de bico enviada por minha tia querida (querida toda vida!), que morou mil anos em Niterói e ainda vive ali pelos arredores. Fiz ontem e já acabou, antes da foto. Na verdade, não estive muito com espírito pra fotografar... Mas vejam lá que delicinha, reproduzo como ela mandou (segui à risca).
2 xícaras de grão de bico
2 colheres de tahine (creme de gergelim)
4 colheres de azeite
suco de 2 limões
1 dente de alho amassado
cheiro verde picado fino
azeitonas picadas bem miúdas
2 colherinhas de sal
pimenta síria
Deixe o grão de bico de molho na água morna por quatro horas.
Depois junte uma colherinha de sal e leve para cozinhar, até ficar macio,
soltando a casca.
Depois de retirar as cascas e já frio, usa-se o mixer, liquidificador ou
processador para triturá-lo, colocando uma xícara da água em que foi cozido
e o dente de alho cru
Em seguida, juntar o creme de gergelim, o azeite e o suco de limão, misturando novamente.
Colocar o restante do sal, colocar as azeitonas e a pimenta síria.
Por cima, o cheiro verde e regar com azeite.
Servir com pão sírio.
P.S.- dura bastante tempo na geladeira, fechadinho, e quando for servir de novo, acrescente cheiro verde fresquinho
O PS 2 fica por minha conta: se sobrar, aposto que dá pra fazer bolinhos e fritar, como se fosse faláfel. Aliás, é um modo de fazer faláfel, sim. Oba!
Sempre sonhei em fazer em casa essa pasta. É o Homus propriamente dito, não é?
ResponderExcluirPreciso comprar o tahine!
Como adoro isso! A sua tia foi uma fofa em enviar-te e você também por compartilhar.
Merci.