sábado, 3 de abril de 2010

reciclado de legume


Sábado de Aleluia. Embora a chuva lá fora seja daquelas sem fim, há uma alegriazinha neste dia. Eu não sou muito fã de malhar o Judas, definitivamente a pancadaria não está em mim... Mas acho bonito demais pensar que há motivo para crer na ressurreição que virá, no sentimento de renovação do que vive, na transmutação do que pulsa.

Então, nosso almoço hoje foi simplinho, em família, como se diz, mas cheio de delícias: o feijão do Rixá de quinta-feira virou um virado – conto outro dia como foi isso. E a sobra da abórbora cavucada que vinha vindo desde lá, também virou outra coisa: um delicioso reciclado.

Então, foi arroz novo (que sempre é gostoso toda vida quando acaba de fazer, não é?), virado de feijão carioca, salada de folhas sortidas (alface, radicchio, acelga, manjericão – todas rasgadinhas em pedaços pequenos – mais os ralados: uma cenoura grande, dois rabanetes e meia cebola crua, tudo regado a bom azeite) e o tal reciclado de legume; neste caso, abóbora fundamentalmente. É uma receitinha básica que pode ser feita com batata, batata doce, beterraba, cenoura... Até onde eu sei, para o momento. Quem sabe onde essa lista pode dar?

Fiz assim:

- num pirex que vai ao forno, pus gergelim branco e alguns pedacinhos da abóbora, com casca e tudo (ela já estava temperadinha etc., certo? Qualquer coisa, veja lá.);

- no liquidificador, pus:

o  ½ xícara (de chá) de óleo de arroz (mas pode ser outro);
o  ½ xícara (de chá) de farinha de aveia ou aveia em flocos;
o  ¼ xícara (de chá) de farinha de trigo branca;
o  uma cebola média;
o  um dente de alho gordo;
o  sal a gosto;
o  pimenta a gosto (eu pus pouquinha, pimenta árabe)
o  3 ovos – pequenos, saudáveis, de galinhas felizes;
o  a abóbora em pedaços, com casca e tudo (eu tinha uns 300g);
o  uma arvrinha de couve-flor que tinha sobrado de outro dia;
o  uns pedacinhos de cenoura cozidos também sobrados.

Bati tudo isso bem, aos poucos, procurando garantir uma massa mais homogênea, densa, cheirosa.

- acrescentei cebolinha fresca (eu sempre ponho um monte, porque adoro);
- uma colheirinha (de café) de fermento em pó. Mas se não tiver fermento em casa, ok, também dá certo, só fica mais “socadinha” a massa.

Bati tudo isso um pouco mais, com a paciência e as manobas exigidas pela máquina: tive de parar de vez em quando, remexer a pasta pros pedaços maiores irem pro fundo... enfim, fui ajudando o liquidificador.

Por fim, distribuí a massa no pirex, e pode ser 20 minutos de forno só, pois os legumes já estão cozidos, vêm de outras refeições. Em todo caso, se você gostar de uma casquinha por baixo, pode deixar de 25 a 30 minutos – eu deixei. O fundo e as bordas ficam crocantes. Bom demais! Mas, atenção, é preciso perceber o ponto de tirar do forno, pra não queimar.

Por cima, salpiquei um queijo meia-cura ralado.
Olha só que carinha boa!

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