quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

petisco de rabanete


Este post ia se chamar “fruta no pé”, porque estou chegando de duas visitas que fizemos, visitas prazenteiras. Eu diria que estivemos em dois dos quintais mais gostosos que conheço. Uma boa sorte danada!

Uma das visitas foi a um casal que é bom de papo toda vida, daqueles que gostam de ir emendando uma conversa na outra, sem fim e sem tempo... Não precisava nem dizer que é gente que gosta de oferecer mesa farta: quem aprecia a conversa solta, conversa que vai e que vem, entregue na tarde quente, gosta de comer aos poucos, ir experimentando cada legume que há na mesa, cada tempero, cada mistura... e tudo é assunto que rende.

Pois esse casal, que veio do sul há tempos, tem uma bela casa rodeada de árvores frondosas, muitas flores e folhagens, tudo parrudo, crescido, vicejante. Comemos fruta-do-conde – doce, doce – ali no pé, no fim da tarde, depois de aguar as plantas, curtindo o cheiro agradecido da terra.


Mas antes disso, quando chegamos, beliscamos delicinhas, e eis o que essa minha amiga catarinense, sabidíssima das comidas e das receitas, ofereceu: pestisco de rabanete. Quem diria...

Cortam-se os rabanetes, depois de bem lavados, em rodelinhas não muito finas (com a casca, que é linda!). Sobre elas, passa-se um pouquinho de pasta de queijo com aneto (ou outra erva, a gosto); sobre a pasta, vai um pedacinho bem miúdo de castanha-do-pará (ou outra castanha, a gosto). Só isso.

O prato fica lindo com aquele monte de rodelinhas enfeitadas. Quanto ao sabor, fica apetitoso e refrescante. Muito bom com uma cervejinha bem gelada. Nossa!

Ela conta que onde nasceu se come o rabanete com manteiga. Nunca tinha visto ou ouvido falar. Uma descoberta.


Depois fomos visitar meu caro irmão. Caríssimo. E ele nos recebeu com uma jarrona de suco do maracujá colhido ali no quintal. Maracujá das primeiras floradas, saboroso até!

E papeamos mais e mais, até a noite trazer uma chuva forte, que foi bem bonito assistir da varanda.

Um comentário:

  1. Fiquei com água na boca por tudo! Pelos quintais, os rabanetes, of course, e pelas companhias.
    Devo confessar que aprendi uma coisinha que não sabia. First: o que é aneto. Conheço a erva desde criança (o São Google imagens ajudou-me no reconhecimento), mas não sabia que podia ser um temperinho. rsrsrs
    Viver é aprender, ainda mais quando se frequenta aqui! ;-D
    kisses

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