quarta-feira, 3 de março de 2010

batata baroa da boa


Na cesta desta semana vieram muitas coisas deliciosas, como um maço de manjericão cheiroso toda vida, uma rúcula bonita que só, limões e bananas maduros (leia-se colhidos na hora certa e tendo viajado pouco) e batata baroa – mandioquinha para os paulistanos.
Ah, e veio abóbora (não a moranga), veio também almeirão... E suculentos caquis.

Os caquis, doces e molinhos, logo lavei e deixei bem oferecidos, bem à mão, na prateleira superior da geladeira: assim saem logo. Se ficarem na gaveta, o povo esquece que tem caqui; se ficarem na fruteira, as formigas atacam!

Ontem, ao lavar as folhas e preparar tudo isso pra estocagem e consumo, eu já ia pensando no que será que seria o almoço de hoje, mas, pra variar, o horário apertou um pouco (embora a gente queira resistir a essa consumição do tempo-que-nunca-dá-tempo, de vez em quando se é capturado; hoje eu fui...), então, deu-se um almoço basiquinho. Mas, falando sério: qualquer coisa com batata baroa dá certo. Impossível errar na mão, né?

A maratona foi assim: arroz pra cozer, feijão carioca descongelando em fogo baixo no molho de filetes de cebola e louro, tiras de pimentão vermelho na grelha, mandioquinha no vapor.

Enquanto isso, fui fazer a salada:

- folhas de almeirão picadas como couve: embrulhadas umas nas outras e cortadas perpendicularmente ao talo;
- folhas de rúcula rasgadinhas sem os cabos (que guardei pra fazer um pesto amanhã);
- folhas pequenas do manjericão (em pouca quantidade, só pra aromatizar);
- o pimentão vermelho, depois de grelhado, vai entrar em pedacinhos pequenos, quadradinhos;
- dois tomates médios, sem sementes, também em quadradinhos.

O molho da salada: um pouco de gengibre ralado, que ficou mergulhado no azeite extra-virgem um tempão, só misturei na salada bem na horinha de servir.

Assim, tudo o mais foi ficando pronto: arroz, feijão...

A batata baroa, ou mandioquinha (uns duzentos gramas, acho):

- foi cortada em quadrados ou rodelinhas, conforme o jeitão de cada tubérculo, com a casca mesmo – que estava lavadíssima e cozeu bem, virando uma película muito fina, que é nutritiva e bem saborosa (o que só acontece, acho, com baroas sem agrotóxico);

- daí, foi misturá-la primeiro numa colher de sobremesa rasa de ghee;

- depois acrescentei um pouco (uma colher de sopa) de mostarda dijon amarela (e sem sementes);

- e cebolinha em rodelitas;

- finalmente, um pouco (menos de ¼) de cebola ralada.

Importante: pra cebola crua ficar mais digestiva e não empestear o hálito, deixe-a mergulhada em água, de preferência gelada, por cerca de 20 min. Rale na tábua, misture com umas gotinhas de azeite, e só então misture na salada ou no legume, no que for.

Deixe a mistura numa travessa tampada até a hora de servir, esses temperos todos vão conversando lá dentro, e fica tudo muito mais gostosinho assim, depois de uma boa conversa. Como hoje está um ligeiro frio outonal por aqui, o cardápio combinou à beça!

Agora, finda a maratona, estou contemplativa na janela; em vez de tirar uma sonequinha, vou curtindo o gato da vizinha, o Nino, a passear pelos telhados.

Um comentário:

  1. Eu adoro mandioquinha! Mas sempre que faço opto pelo purê ou suflê e quase nunca a como desse jeito que é o dela mesmo. O problema é que eu não sabia como temperá-las depois de cozidas... Agora com essa conversa boa que você sugeriu que ela pode ter com esses outros ingredientes, vou adotar esse modo de fazer.
    obrigadinho!

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