domingo, 28 de março de 2010

professores em São Paulo


Por que impedir com barras de cimento a marcha dos professores, por que atirar balas de borracha e gás pimenta contra eles, por que descer o cacetete nas costas de homens e mulheres que ensinam nas escolas sucateadíssimas do estado de São Paulo? Que horrores esses professores teriam feito que foi impedido com tanta truculência? Não posso imaginar... e quem pode? Nestes tempos em que tanto se clama por liberdade de expressão e democracia... Palavras frequentes nos discursos dos que representam o governo de São Paulo...

























Hoje preciso deixar aqui um registro indignado, um lamento profundo, e a certeza de que a tirania de um poder público que se mantém pela força belicosa (e por muita manipulação midiática, além dos disfarces dos infiltrados...) não se sobrepõe à solidariedade humana. Fica aí uma pequena mostra do clima de horror e guerra instaurado pela hiperreação do governo do estado contra (contra, vejam só!) os professores - essa gente comum, esses trabalhadores de um sistema em falência, que vêm querendo  conversar a sério sobre um fato aterrador, que muito envergonha quem vive aqui: o mais rico estado da nação tem, entre outras mazelas incríveis, um dos piores índices de educação do país - há já bom tempo...

2 comentários:

  1. Cara Luciana: Obrigado pela solidariedade com os professores. A sua observação é perfeita sobre o que aconteceu e a realidade enfrentada por nós no dia-a-dia. Parabéns.

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  2. Viram isto?

    "Enquanto a polícia impedia que cerca de 40 manifestantes do PT entrasse no Rodoanel [ nesta terça-feira ]onde o governador de São Paulo, José Serra, pré-candidato do PSDB à Presidência, realiza uma vistoria da obra, um outro grupo, este de professores, também de cerca de 40 pessoas, conseguiu se infiltrar e se misturar aos participantes do ato. Tão logo o governador iniciou seu discurso, levantaram faixas com reivindicações e iniciaram um apitaço, acompanhado por vaias...

    (Globo e o bota-fora do candidato demotucano, que se despede do governo nesta quarta-feira com manifestação de protesto na avenida Paulista;30-03)

    Boletim Carta Maior, 30/03/10

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