quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
imprescindível - Chimamanda Adichie
Uau! O negócio é pegar umas uvas passas ou uma bela xícara de chá (ah, os chás...) e dar-se um tempo: são 20 minutos de uma fala imprescindível da escritora nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, elegante como poucos. Como poucos!
Não tenho mais nada a dizer agora, ela dirá lindamente...
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Que espanto... Que lucidez... Me recorda um evento vivido. Na quinta série, a professora Cleide, de história, pediu para que cada um desenhasse uma moradia indígena, uma oca. Astuta como ela só, posso imaginar como ela antecipara o resultado. Todos nós desenhamos moradias cônicas, como as dos índios norte-americanos. Desse episódio, ela não perdeu a oportunidade, construiu aí mesmo uma lógica que permitiria ver tantos outros desses perigosos equívocos. Foi todo um belo curso sobre história do Brasil...
ResponderExcluirO vídeo maravilhoso e o que o Ricardo disse me fez também lembrar de um texto que tive em um curso (bom!) de psicologia da educação, com a Lizandre Castelo Branco:
ResponderExcluirO menino e a flor...
“Conta-se a história de um menininho que começa a estudar e a escola lhe parecia grande demais. Aos poucos o menininho foi se acostumando com o tamanho de sua escola e descobriu um caminho mais rápido de chegar a sua sala de aula.
No primeiro dia de aula a professora chegou e se apresentou e pediu que todos dissessem os seus nomes. Depois de uma breve confraternização a professora falou.
- Agora vamos fazer nossa primeira atividade. Vamos desenhar!
-Oba!Pensou o menininho. Eu adoro desenhar.
A professora distribuiu uma folha em branco para todos e o menininho começou a desenhar várias coisas que ele achava interessante, leões, carros montanhas, etc., mas foi interrompido:
- Não! Pare espere! Vamos todos começar a desenhar juntos uma flor.
O menininho não gostou muito da idéia, mas obedeceu. Quando terminou de desenhar, começou a pintar a flor. Imaginou pintá-las de várias cores, vermelho, azul, amarelo, mas...
-Pare!Espere! Vamos pintar a flor vermelha com o caule verde.
O menininho não gostou da idéia, mas obedeceu.
Passaram-se os dias e a professora propôs outra atividade:
- Hoje vamos fazer molduras com o barro.
- Oba! Pensou o menininho. Vou fazer várias coisas.
-Pare! Espere! Nós vamos fazer um prato
O menininho ficou triste, mas pensou:
- Vou fazer um prato bem fundo, mas.
-Pare!Espere! Vamos fazer um prato raso.
Passou-se o ano e aquele menininho foi estudar em outra escola, bem maior do que a anterior.
Em seu primeiro dia de aula a professora chegou se apresentou como de costume em todo início de ano letivo e propôs uma atividade:
- Vamos fazer um desenho bem bonito hoje.
E distribuiu as folhas de papel. O menininho recebeu sua folha, a professora percebendo que ele não desenhava nada, se aproximou e perguntou:
-Você não gosta de desenhar?
- Sim, gosto muito!Quando vamos começar a desenhar?
-Você já pode começar!Sorriu a professora carinhosamente.
- O que vamos desenhar? Perguntou o menininho
- O que você quiser...
E o menininho desenhou uma flor vermelha com caule verde.”
Autor Desconhecido