Estes dias têm sido de sol e de rua, porque, quando desanda a chover por aqui ou a esfriar cinzento, todo mundo encafofa de tal maneira, que até mofa. Então, andei menos em casa, fui visitar quintais amigos, ganhei uma rosa amarela perfumada de verdade e muito milho... enfim, andei menos na minha cozinha, mas só fiz coisas legais e ainda tenho três diquinhas das boas pra dar!
maçã na salada
Uma salada só de folhas – rúcula, agrião e alface americana, todas rasgadas com a mão em pedaços médios pra pequenos, ou dois tipos de alface e endívia, ou alface lisa, alface roxa e uma outra das que já apareceram aí – com gergelim (branco, ou branco e torrado, ou branco e preto…) com cubinhos de maçã sem casca – luxo só! Todo mundo curte, mesmo os pouco afeitos a saladas. Garanto.
A maçã vai superbem com gergelim e dá um sabor incrível pras folhas. O único cuidado a tomar é picar as maçãs já na hora de servir, senão oxidam e enfeiam.
Se for do gosto do povo, acrescente passas claras, depois de meia hora embebidas no vinho ou no gim ou na cachaça… Fica de-li-ci-o-so! O-so!
banana com farofa de castanha
Esta aqui, como disse outras vezes, admite variações mis. E estes dias escreveu-me uma pessoa muito muito legal da Venezuela, dando uma sugestão que experimentei estes dias e achei sensacional: na hora de preparar a mistura de iogurte, acrescentar, pra cada dois potes de iogurte, duas colheres de chá de café em pó (bem fino) ou capuccino em pó (sem açúcar é melhor). O mais, é a receita de sempre. Uau! Trata-se de uma variação simples, mas que faz ser outro o doce.
Antes de receber essa dica, tinha experimentado esmigalhar bombons de chocolate e avelã no lugar das castanhas. Bom demais também.
fritada vapt-vupt
As fritadas – que exigem menos ovos do que as omeletes – são uma saída ótima pra uma refeição coringa. É rápido fazer, sempre ficam bonitas e podem ser acompanhadas de uma bela salada ou de arroz, feijão etc.
Esta aí foi feita pra quatro pessoas com três ovos, um talo de alho poró e uns 200 gramas de mussarela de búfala ralada. Com cebolinha fica ótimo também. E com qualquer outro queijo – o que muda bem o gosto de cada uma: um queijo mais forte cabe melhor quando a fritada é solo; um queijo mais básico (minas, padrão…) vai bem quando há outros alimentos na combinação do prato.
O importante, creio, é preparar a hora de virar a fritada, garantindo a textura: jogam-se os ovos batidos e sem sal na frigideira já quente (isso é importante!) e com um pouquinho de óleo espalhado por toda sua extensão, tampa-se, de preferência com uma tampa que tenha aquele furinho de escape, pra sair um pouco do vapor e não umedecer tanto a fritada; daí, por cima, jogam-se, em breve espaço de tempo, pra garantir a adesão de todos os ingredientes, as argolinhas de alho poró (ou de cebolinha), misturadas com parte do queijo ralado, um bom fio de azeite, uma boa pitada de sal marinho e sementes de girassol. Em fogo médio pra baixo, deve demorar uns 10 a 15 minutos pra parte superior ficar ligeiramente cozida, sem nenhuma pocinha líquida.
Aí é que vem a virada: salpica-se um pouco de queijo, deixa-se que ele derreta um tiquinho e, com um prato bem grande, tampa-se a frigideira, que, retirada do fogo, será virada num gesto seguro e certeiro. Em seguida, escorrega-se a fritada, que já terá uma unidade consistente, de volta na frigideira. Salpica-se o resto do queijo ralado sobre a nova face superior da fritada, e não é preciso mais tampar. Cinco minutinhos mais e já está.
Na hora de servir, é só escolher o lado que ficou mais vistoso. Afinal, os olhos também comem…